terça-feira, 18 de março de 2014

Poesia - Memórias Sudoestinas

MEMÓRIAS SUDOESTINAS

Poesia Miguel Arnildo Gomes

Sudoeste te saudamos com natural propensão
A proferir com emoção, do culminância que nos brindou
Quando a própria historia nos legou, o que nos trás irmanados
Ao ver presente e passado às vezes não percebidos
Seguirem-se em frente unidos, com rumo e entrelaçados

Sudoeste uma legenda e de uma rústica bagagem
Que nos reflete a imagem do índio valente e nu,
Mais tarde o branco e Xirú traçaram nossas fronteiras,
Na comunhão brasileira ficou publico e notório,
Fez parte de um território que foi chamado Iguaçu.

O sudoeste descrito é do chão araucariano,
Vicinal de los hermanos da Argentina pátria amiga,
Na poesia e na cantiga saudamos com paz e fé,
Para continuar em pé este jardim colossal,
Do Paraná imortal, do povo nobre e soberano.

Saudamos a mulher linda, pela graça e pelo amor,
E o homem trabalhador, o citadino e o roceiro,
Também o rude campeiro, com laços e boleadeiras,
Que um dia cruzou fronteira, sem recuar nunca mais,
E fez Brotar dos mananciais, o seu trabalho pioneiro.

Esta é uma mensagem oferecida ao Sudoeste,
Das belas matas silvestres e lindos campos naturais,
Rincões de amor, vida e paz do canto da gralha azul,
Retalho alegre do Sul, em rudes versos suplicamos,
Ao imutável e Bom Jesus, para que sempre exista luz,
Na terra dos pinheirais.

Mil novecentos e cinquenta e sete
A constar neste rimário
Quando moldou-se o cenário
Do glorioso sudoeste
Numa paixão que se investe
Por caminhos obscuros
Pra dar vazão ao futuro
E implantar a raiz
Sem deixar marcas ou cicatriz
Quando os colonos sem lutas
E com espingardinhas fajutas
Derrotaram os fuzis

Quantos colonos de brio
Permanecem no anonimato
Mas que serviram de aparato
Para o rincão que prospera
Para um povo que lidera
Em fomento e produção
Eis a surpreendente razão
A unir-se o trabalho a dignidade
Que deu origem a modernidade
De onde o tempo não guardou segredos
Onde o progresso chegou mais cedo
Para o bem da humanidade

Os louros destas conquistas
Foram repassadas para nós
Que herdamos de nossos avós
E semeadas entre os descendentes
Para perdurar-se eternamente
Onde em poesias se reveste
Em percepção de cor celeste
Com uma estrela em andamento
A flutuar no firmamento
Em fantasias e no amor
Trazendo luz e esplendor
Ao bem aventurado sudoeste

Salve o colono glorioso
Salve o chão sudoestino
Onde enredou-se o destino
Cheio de ternuras e glórias
Em que alavancou nossa história
Sobre o verde de suas matas
Dos ribeirões e cascatas
Em efeitos extraordinários
Mil vezes mais humanitários
Onde Deus traçou a diretriz
Onde seu povo é feliz
Em suas origens campestres
Para tornar-se hoje o sudoeste
Um imenso orgulho para nosso país


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